Em encontro virtual, realizado nos dias 8 e 9 de abril de 2025, representantes da Ação Educativa, CESE, FASE e FLD, discutiram os desafios atuais e os avanços na gestão dos programas e fundos de apoio a pequenos projetos, abordando temas cruciais como financiamento, sustentabilidade e governança. Com foco na sustentabilidade a longo prazo, foram compartilhadas as estratégias de mobilização de recursos, tanto de fontes privadas quanto públicas, diante de uma iminente redução de financiamento da cooperação internacional, e o impacto das incertezas geopolíticas no setor. O grupo refletiu ainda sobre as possibilidades e limites para adaptação do campo diante das mudanças no cenário internacional e ainda o papel da filantropia nesse contexto.
O grupo discutiu a importância da identidade coletiva das organizações e a necessidade de atualização de processos internos, principalmente no que diz respeito à transparência e à inclusão de membros externos nas decisões estratégicas. Uma das ações mais urgentes será aprofundar o debate sobre a articulação conjunta de políticas de financiamento para a defesa e promoção de direitos humanos.
Com uma agenda cheia de ações e propostas, o grupo se comprometeu a continuar as discussões sobre o fortalecimento de suas ações, a fim de garantir a resistência de seus programas frente aos desafios que surgem no cenário atual. A reunião reafirma o compromisso das organizações participantes em trabalhar de forma colaborativa e estratégica para transformar a realidade social, assegurando a sustentabilidade das iniciativas em um ambiente cada vez mais complexo.
No segundo dia a discussão girou em torno de temas como a melhoria das práticas de gestão e o fortalecimento das organizações que recebem apoio. A necessidade de adaptação dos processos às realidades locais foi um dos pontos mais destacados, especialmente no que diz respeito às exigências crescentes de prestação de contas e monitoramento de projetos.
Uma das questões discutidas foi a necessidade de descolonizar a relação entre financiadores e beneficiários. Muitos participantes apontaram que, embora existam exigências rigorosas para a gestão de recursos, as realidades das organizações de base precisam ser levadas em conta, para não dificultar restringir a execução de projetos importantes junto a grupos de base comunitária.